quinta-feira, 23 de julho de 2009

o fado, o fadado!

De repente eu desci da cadeira em que estava em pé. Sim, aquela que me dava vontade de gritar e todos pudessem me ouvir e me ver. Ali era o melhor ponto, ja que todos tinhamos estatura media. Eu desci, torci meus pés, gritei, mas foi de dor.

Passou, como todas as dores. Todas as dores, e todos os amores, nenhum é eterno. Assim, que nem deus. Inútil depois de um determinado tempo. Acendi meu cigarro, era o penúltimo do maço. Pouco importa, pois até então nenhum cancer havia existido.

Pensei: poxa, sera que estarei vivo amanha?! Então abri mais uma lata. Nenhum amanhã justificaria o hoje. Nada, nadica de nada. Eu quero provar o que então?!

Não! Eu não quero provar. Eu quero desprovar. Ah, enchi o copo, matei ele num gole só. Enchi novamente. E mais uma lata foi necessaria.

Então percebi, olhei pra sombra e disse: SE NÃO AGUENTA, POR QUE VEIO ENTÃO?!

Sai, meu cigarro estava acabando, acendi. Traguei, era vazio. Joguei fora. Acendi outro, olhei pro céu, mas não sabia se estava olhando pro chão. Ri, igual Tião Macalé. Mas quando acordei estava vivo, e nem sabia onde. Voltei pra lugar nenhum, e no caminho, olhei pro chão, e lembrei que esqueci minha sombra ainda deitada. É claro que nunca mais voltei!

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