quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Pranto seco

Olhar ao redor e sentir que não passamos de robozinhos escravizados pelo modo de quem manda é quem pode mais, e tem mais dinheiro, acabou de arrancar mais um pedaço de meus ossos. Estamos sendo um rebanho de submissos com medo até de chorar quando temos vontade,

Gostaria de não possuir tal sensibilidade e tamanha incopetência-impotencia num mesmo espaço, aqui. Pra que serve tal desabafo, a não ser para que mais um de bunda atrofiada na cadeira pegue seu mouse e clique no seu próximo pseudo-culto-metido-a-intelectual-blog-predileto de maneiras burguesas de se portar dentro de uma sociedade metida a tudo-caminha-a-mil-maravilhas, e todos sentindo na pele a pressão de simplesmente ter se calado diante daquele que te ofende e tu dizes obrigado?!

Estamos nos cagando por medo de algo que nem sabemos o que é, sentamos no onibus as sete da manhã, engolindo um choro seco que ja se esqueceu de como molhar o rosto, exibindo um sorriso amarelo e nosso melhor modelito que nunca nos colocará numa posição melhor/pior que a que ja nos encontramos. Nós falhamos, nós falimos, nós atrofiamos.

Não passamos de covardes cagados, com medo de se limpar pra não sentir o cheiro avançar... Essa é a nossa terra prometida, onde nossas crianças nos mostram muito mais sabedoria e coragem, nos fazendo ter vontade de enfiar nossas proprias caras nos rabos quando pensamos que estamnos lhes ensinando a ser como nós.

Será que vamos mesmo ter uma vida melhor amanhã?! Ou vamos preferir chegar cedo pra não perder a mesma novela exibida a quase cem anos com diferentes nomes e rostos pasteurizados?
O amanhã não existe, e mesmo assim ele ja era, baby! Eu só queria retratar mais um saco de ossos perambulante dentro disso tudo que você chama de mil maravilhas e eu chamo de sufocamento. Mas desejo estourar e virar merda pra tudo quanto é lado antes mesmo de que isso me pegue por total.

Esse mundo anda tão entediante, mas tão entediante, mas tãaaaaaaaaao entediante, que até acerditar em Deus essa altura do campeonato ta dando maior barato!

Desabafei!

sábado, 8 de novembro de 2008

Fumaça em gotas...

Pus esterco dentro do tupeerware só pra que não sobre espaço para seus cajuzinhos de fantasia tolas... prontos para entoxicar quen que se deixe encantar pelos seus detalhes...

agora terá que comer tudo sózinho!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Chuva no telhado, telhado em mim!

Senti meu corpo estilhaçar enquanto eu caminhava. Como um saco de pele cheio de estilhaços de ossos caminhando pela cidade, parei antes mesmo de chegar, para esperar a chuva passar. Pedi um copo de cerveja gelada, bebi ainda pela metade. Peguei o telefone, liguei e conversei sobre o que iria fazer antes da chuva. foi quando o telefone tocou novamente me dizendo que o nosso plano para fazer aquilo que não sabiamos estava ainda de pé. Terminando o ultimo gole de cerveja eu vou pra casa, tomo um banho e tento seduzir esse corpo a aguentar mais uma noite em claro por nós, sim pois todos precisamos da presença d eum dos outros, memso não sabendo o que vai ser de nós mesmo amanhã de manhã.


E pra quê?!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

(Verdade seja dita...

Nesse momento, sinto meu corpo expelir algo que não lhe pertence, esta saindo quase que pelos poros. Uma série de coisas passa pela minha cabeça, mas não dura tempo suficiente para que essas coisas possam ser mensuradas. Recrio tudo aquilo que deveria lembrar para não dizer tarde demais. Prendo-me no passado, e escorrego sem perceber. Me pego dentro de mim pensando o que fazer do agora. Encho-me de possibilidades, as ruins, as boas, e as que eu não sei o que fazer com elas. Vem e vão. Pronto para pular no precipício, mas não antes de jogar a corda, pra que eu possa imaginar que alguém irá cortá-la quando estiver no meio da subida.

Não quero cair, mas também não quero subir, de fato, porém, também repudio a situação de viver assim no meio. Tão quieto, tão descente, cheio de moralidade equilibrada, pronto para ponderar. Eu necessito da voltagem ao extremo, mas com a amperagem baixa. Ótimo, saquei minha situação em coma, em plena lucidez sem todos aqueles aparatos distanciadores da razão, da lógica sã e medrosa. Ótimo, mais uma vez, me vejo com vontade de devorar o nada, simplesmente para me assegurar de que estou cheio de nada. Sinto me esvair a carne, sendo expelida de mim mesmo. Mas quero come la, pra que retorne ao seu berço, à sua origem, a sua verdadeira mãe, pai, ou seja la o que a denomine propriedade.

Mas ao mesmo tempo minha liberdade me prendeu dentro do meu do meu mundo, que ao ser expandido e quebrado para o infinito, fez com que a carne já não fosse mais minha, nada de meu corpo parece me pertencer. Tudo que me cerca a quer. Ei, estou aqui! Esperando por um pedaço que me cabe desse corpo: sombrio; iluminado; carente; tentando se renovar; tentando inovar... Dê-nos um pedaço da sua discórdia que esta encalacrada na carne! Faça nos ter um pouco daquilo que não temos coragem de buscar! Você é de todos... Não! Eu sou meu! Somente meu! Ninguém vai arriscar e nem petiscar essa enfermidade que é só minha. Eu sou a escuridão e a luz que tenho. Obtuso, anseio por mim mesmo, dentro da minha própria vontade de querer virar pontos de luz dentro de uma caixa na mão de um animal irracional. O presente escondido dentro da caixa de Pandora, pronto para causar nada além de um desfrute do vazio. Sim, não há o que buscar aqui, além de cortes, cicatrizes, e um oceano de coisas inúteis a outrem.

Eu não sou a babilônia, eu sou eu. Apenas eu, e isso me torna sempre algo incompleto tentando entender por que sempre quero mais.


...ou engasgada!)