quinta-feira, 29 de outubro de 2009

[solos de violinos]

...dentro de casa, após longas horas longe de casa pela opção de tentar fazer de um mundo monetario algo ainda relevante. Sentado nessa cadeira que lembra aquelas cadeiras de varanda da casa da vó, com os pés pra cima, quatro horas da manhã, e pela minha disposição nem parece que na noite passada dormi apenas quatro horas, e ja estou quase a 24 horas acordado, ou ainda. hehehe...
O gostoso é saber que a todo dia podemos ter uma veemência diferente da outra, mas o que importa não é o que se fala, e sim a maneira que se fala. Sangue no zóio é sempre sangue no zóio. hehehe... Igual quando se baba de sono e assim aparece a vontade de apertar a bochecha de quem esta dormindo e babando.

Porque cuspir pra cima não é pela altura que isso possa ir, mas é pelo cuspe, esse sempre parece causar reação. hehhe...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

quem ta errado?!

sinceramente, esse bando de gente citando nomes de autores superconceituados (idade media ainda vive, rsrs...). E aquelas referências super 'cults' que dão o que falar...

e os nomes de bandas super ups então?! nossa conheci uma banda chamda LKErjwejhnfcsd-v la da patagônia. hahahaha...

é super concretismo esse modo de vida!

Ai que sono! Hoje durmo cedo, prometo....

domingo, 18 de outubro de 2009

Personal Toker

Marciuda foi à sua cabeleireira um dia, e ai pediu pra ela cortar apenas pontas de seus cabelos. Tipo um dedo apenas. Mas estava tão preocupada com o cabelo, que pediu pra cabeleireira ser muito cuidadosa e tirar apenas o que foi pedido:

- Frandainha, corte apenas um dedo das pontas de meu cabelo. Eu não quero perder o comprimento dele. Entendeu?!
- [olhando pra televisão] Pode deixar Marciuda, você vem aqui há um tempão, quando que eu fiz algo errado no seu cabelo?!
- Eu sei, mas como os americanos dizem, Shit happens! Vai que acontece algo.
- Magina menina. Comigo essa tal de Chita Répis ai não cola. Ce acha que eu sou igual a ela?!
- Ta bom! Ta bom! Desisto. Bem, se você não tomar cuidado eu corto um dedo seu pra cada dedo a mais que o cabelo estiver cortado. Falo sério. To nervo...
-[rindo doida] Hahahahaha... Ai que loucura, magina eu sem dedos.
-[com cara de: to bege] Leva a sério sua doida de pedra.

E então Frandainha convidou Marciuda pra sentar no lavatório pra lavar o cabelo. Assim feito, Marciuda sentou-se na cadeira em frente ao espelho, e pegou uma revista pra começar a ler, olhou pros atores mai-coisa-linda-de-meu-deus nas primeiras páginas. Todos sempre felizes naquelas festas de gente irradiante, com ar de a vida é uma firmeza total! Enquanto Frandainha penteava o cabelo e dava as primeiras retalhadas nas tais pontas. De repente a televisão interrompe a programação que estava sendo exibida, algo daquelas transmissões super extraordinárias que faz o pais parar pra ver qual foi o bafo da vez. E Frandainha nada curiosa pros bafo, como uma excelente cabeleireira que é, vidrou na hora pra caixa de luz com imagens em movimento. Marciunda fixou sua atenção mais um pouco mais na revista. Mas logo percebeu que vinha bafo, da boca esticada por um ótimo e carérrimo cirurgião plástico, da jornalista responsável pelos telejornais.

E então o que se deu era que em uma cidadezinha do interior do estado, chamada Emis Sor Aquer Dindin, apareceram bebês azuis, na porta de um hospital. Não sabiam como aqueles bebês teriam chegado ali, dezesseis bebês ao todo. E o hospital dizia que as crianças não podiam ser mostradas, pois estavam em observação na maternidade, as pontas dos dedos eram lisas, as crianças não possuíam digitais. E então a equipe do telejornall ficou plantada na porta do hospital pra saber se o hospital já tinha informação do porque das crianças serem azuis, e o hospital negava a informação de que isso seria fato, dizendo que desconhecia tal. Mas ai o telejornal ficou perguntando para a multidão, que logo se aglomerou ali, se eles sabiam o que estava acontecendo. E uma moradora vizinha do hospital, falou que tinha visto um enorme clarão no céu, e que logo ouviu gritos vindos do hospital, que pela fala parecia ser de uma enfermeira: ajuda aqui! Tem um monte de bebês ‘vão dar o que falar’ aqui na porta! Outro morador disse que tem a janela do seu quarto pra rua, e que morava ali desde criança, então tava acostumado a entender o habito da cidade pelos sons que ouvia vindo da rua através da janela, e que muitas vezes ficava acordado se algo sonoramente estranho se sucedesse. E que então as duas e vinte e dois da manhã, os cachorros da vizinhança toda começaram a uivar, e parecia que um monte de passos e sons de correntes se arrastavam pela rua. E que teve um grito que parecia ter saído de dentro do hospital. E que esse grito era tão forte, que fazia a gente sentir o horror da pessoa que estava dando esse grito. Disse que não dormiu tão logo, e que tudo aconteceu bem rápido. Acordou cedo com os sons que vinham da praça e que ao abrir a janela percebeu uma quantidade fora do comum de pessoas em frente ao hospital. Vestiu-se adequadamente pra rua, e que ao chegar alguém falou que havia bebês especiais no hospital trazidos por uma enorme...

-Frandainha, sua dismiolada! Fica prestando atenção nessa bosta de programa quero-desviar-a-atenção-dos-idiotas-que-caem-nisso-ainda, e esquece o que esta fazendo! Olha o que você fez no meu cabelo! Ta todo torto e vai ter que cortá-lo nessa altura agora. Pode contar quantos dedos você cortou ai, sua, sua, sua sem noção!
-[com cara de fiz merda porra!] Marciúda, mil perdões. Vou fazer um corte que nem vai parecer que houve algo de errado no seu cabelo.
E então Frandainha compara o tamanho das pontas em que ela ainda não havia cortado ainda com as que ela tinha cortado sem prestar atenção:
-Marciuda foram três dedos só de corte que eu fiz. Já tinha um tempão que seu cabelo não tinha um corte, da pra tirar toda a ponta queimada e fazer o cabelo ficar mais bonito.
-Não interessa! Pode terminar o corte então e já dou um jeito em você.

E então Frandainha terminou o corte com as mãos tremulas. Ai quando disse que o corte estava pronto, Marciúda grudou na mão direita de Frandainha com força e ajoelhou em cima da mão sobre o chão, pegou a lâmina de fazer pezinho, e disse: -Isso é pra você aprender a não ser tão desligada. E cortou três dedos de Frandainha que gritava de dor ao ver que não poderia mais trabalhar como cabeleireira. Marciunda tirou os dedos mínimo, anelar e médio.

Frandainha saiu correndo pedindo ajuda, enquanto as pessoas que estavam no salão olhavam praquela situação totalmente sem ação e com caras de senhor-caga-na-minha-cara. Marciunda deu uma olhada panorâmica pelo salão, se recompôs, respirou fundo, esticou calmamente a toalha que estava em suas costas na cadeira, pesou sua bolsa em cima da prateleira em frente ao espelho e saiu. Nunca mais voltou àquele salão.

Dois anos mais tarde, Frandainha estava trabalhando de assistente de um proctologista, e sua função era ser uma personal toker para os exames de próstata. Fazia oito meses que já não trabalhava como cabeleireira, e dizia não sentir falta de sua antiga profissão.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Direto do separador de particulas que habita o peito:

Pronto, agora sim. Tudo entalou, e de quem é a culpa?! De niguém oras, na verdade só minha. Em cima de quem vou jogar?! Hahaha.. de niguém! Simples asism. Agora parece que nada mais vai sair, nada mais vai entrar. A novidade pode ser algo de dar medo, mas é vida. Sentir a garganta apertar é um novidade que há muito eu não tinha. Gosto da sensação. O simples movimentar-se ja pode gerar um outro tipo de reação. O que pensar disso tudo?! Nada! Não há mais o que pensar. O cansaço mental as vezes é um sinal de férias a si mesmo.

Escrever e escrever, e depois de algumas linhas perceber que nem imagina o que escreveu, apaga-se tudo, tenta organizar e bota pra fora, mas as linhas se perdem novamente. Hoje cai uma baroa, teve alguns raios, teve musica com fones de ouvidos na avenida... Teve eu, somente eu! Ah, nada demais. Foi só mais um no meio de tantos.

Mas do que falava?! Ah, sim. Esse aperto. Esse nó que entala na garganta, essa vontade de falar tudo, cantar todos as canções de espancar o peito, fazer borbulhar, fervilhar... Essa inspiração enrustida por entre os dedos esperando um foco, um horizonte pra apontar. Que força surpreendente do corpo, a reação depois de tanta inércia querendo sair. E vai ser como naquele filme do cara que é preso e tem o dom de tirar o mal das pessoas, e depois cospe pontos cinzas escuros pro ar e se dissipam. Talvez seja assim. Ou talvez nem seja. Mas eu vou lá. eu quero ir la. Ir de encontro comigo mesmo. Pegar por tras dar tres tapinhas de leve nas costas e dizer: Opa! cheguei. O que tem ai?!

Ver um daqueles sois, despedaçar diante dos olhos. A brisa tão forte como Mike Tyson, tentar fazer o corpo extremecer de cagaço. eis a novidade te acovardando. E agora, pra onde vai correr?! Sei la. É bom ansear por algo, imaginar coisas, deixar a poesia fluir pelos poros, a emoção pulsar pelos olhos. O exalar do instinto contando tudo sobre você. Quem vai me tirar pra dançar?! A musica estará la. Pronta pra ser sentida. Encontre a plataforma que te cabe. Dançar até o sol invadir as entranhas. Essa foi a primeira parte disso que eu não sei quando termina.

Talvez, continua...